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Plantas como sistemas complexos cognitivos e inteligentes: além da simples metáfora

A idéia de inteligência em plantas não é nova. Charles Darwin em 1880 comparou uma planta a um animal, relacionando o sistema radicular da planta com o cérebro de animais superiores em seu papel no organismo com um todo. Todavia, em função da
abordagem analítica clássica predominante na biologia, a idéia de plantas como sistemas vivos inteligentes foi substituída por um modelo mecânico reducionista de máquina pré-programada. Com o desenvolvimento dos conceitos de complexidade e auto-organização, mais recentemente foi possível revitalizar a idéia de planta como um sistema vivo que interage com seu meio de forma não pré-programada, gerando respostas coerentes no sentido de manter sua sobrevivência com o menor custo energético possível. O processamento de informações e realização de respostas adequadas às situações externas variáveis é realizada por uma rede de processamento de informação do tipo “mundo pequeno”, envolvendo sinais químicos e elétricos, de maneira similar como um cérebro computa informações. Recentemente, descobriu-se que os sinas bioelétricos gerados nos tecidos vegetais possuem padrões de informação que se correlacionam com estímulos ambientais de forma não aleatória, sugerindo a possibilidade de desenvolvimento de interfaces planta-computador.